Com chuvas abaixo da média em 2025, seca novamente ameaça o Pantanal

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O Pantanal sempre enfrentou desafios, no entanto, a próxima seca severa pode impactar ainda mais nosso bioma em 2025, agravando a crise hídrica e aumentando os riscos de incêndios florestais. O boletim mais recente do Serviço Geológico do Brasil (SGB) alerta para a possibilidade de chuvas abaixo da média, comprometendo ainda mais os níveis dos rios da Bacia do Paraguai (imagem acima).

Dados preocupantes sobre a estiagem

Essa escassez de chuvas (de até fevereiro de 2025), já acumula um déficit significativo semelhante ao observado em 2020. Como resultado, se essa tendência continuar, o bioma pantaneiro enfrentará mais um ano crítico.

De acordo com a matéria do Jornal Correio do Estado, durante reuniões sobre prevenção e combate a incêndios (no Comitê Estadual do Fogo de Mato Grosso do Sul)foram apresentadas uma análise das chuvas acumuladas nas estações meteorológicas da região do Pantanal:

  • Apenas duas unidades registraram volumes acima da média, enquanto outras dez apresentaram déficit hídrico.
  • Em 2024, indicadores da Agência Nacional das Águas, da Marinha do Brasil e do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) apontaram um déficit de cerca de 1.000 mm de chuva no Pantanal, equivalente à precipitação anual normal da região.
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O Pantanal abriga uma rica biodiversidade entre espécies de plantas e animais - (Foto: Equipe Pantanal Oficial)

Impactos na região

Sem a recomposição hídrica necessária, a situação de estiagem persiste. Segundo o Cemtec-MS, a tendência é de chuvas ligeiramente abaixo ou próximas à média histórica para fevereiro, março e abril de 2025. As temperaturas médias devem ficar entre 24°C e 26°C, com elevação na região Noroeste. Essas condições favorecem ondas de calor prolongadas, o que pode antecipar o período crítico de incêndios no Pantanal.

O estudo se baseia na análise de diferentes modelos meteorológicos, incluindo previsões da Organização Mundial de Meteorologia (WMO). A proposta é fornecer subsídios para políticas públicas que ajudem a mitigar os impactos das mudanças climáticas no Mato Grosso do Sul, prevenindo crises hídricas, desastres ambientais e danos à agricultura e à pecuária.

Riscos iminentes

A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect) alertou para os impactos crescentes das mudanças climáticas em Mato Grosso do Sul. Segundo a entidade, o Estado está altamente vulnerável aos efeitos extremos, que incluem:

  • Maior frequência de eventos climáticos extremos, afetando a produção agrícola;
  • Perda de biodiversidade, colocando espécies em risco de extinção;
  • Impactos na saúde humana, com aumento de doenças transmitidas por vetores e agravação de problemas respiratórios;
  • Desafios à segurança alimentar e hídrica;
  • Ampliação das desigualdades sociais e econômicas.

Desde 2023, a Fundect financia 45 estudos sobre o tema, com um investimento de R$ 6 milhões para pesquisas científicas.

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Preparação para o combate aos incêndios

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul tem intensificado a manutenção de equipamentos e o treinamento de militares para atuação eficiente no combate a incêndios.

“Vamos realizar uma série de cursos para preparação e aperfeiçoamento dos nossos militares. Para que o combate, quando houver necessidade, ocorra sempre de forma eficiente, especialmente no Pantanal”,

Explicou o major Eduardo Teixeira, subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA) do Corpo de Bombeiro.

O Prevfogo/Ibama também reforçou sua estrutura com uma base fixa em Corumbá, no Parque Municipal Marina Gatass. Desde dezembro de 2024, o Prevfogo conta com uma brigada permanente no local, algo inédito no Brasil, assim, a permanência da unidade está garantida até 2028, com ampliação do número de brigadistas.

Portanto, agir agora é fundamental. Investir em estratégias preventivas e fortalecer a mobilização são passos essenciais para garantir a sobrevivência do Pantanal e de todos que dependem dele.

Fotos: Equipe Pantanal Oficial
Fonte: Com ajuda de, Correio do Estado

Pantanal Oficial

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