Foto: Arquivo/ Portal Pantanal Oficial
O Pantanal, que ocupa 35% do território mato-grossense, registrou a maior perda de superfície de água do Brasil em 2024. Segundo dados recentes do MapBiomas e parceiros, o bioma perdeu 61% de área alagada em relação à média histórica, reduzindo sua área de água para apenas 366 mil hectares.
Tendência de Redução da Superfície de Água
Ao longo de 2024, o Pantanal permaneceu abaixo da série histórica do MapBiomas, iniciada em 1985. Desde a última grande cheia em 2018, o bioma tem enfrentado uma redução progressiva na disponibilidade de água, o que favorece a incidência e propagação de incêndios.
O estudo revelou que a perda de superfície de água segue uma tendência de queda observada desde 2009. Em 2024, a área coberta por água no Brasil caiu para 17,9 milhões de hectares, uma redução de 2% em relação a 2023 e 4% abaixo da média histórica. Nos últimos 10 anos, oito registraram os menores níveis de água já medidos.
A falta de água pode levar ao estresse hídrico, que prejudica o desenvolvimento das plantas.
Amazônia Também Sofre com a Seca
Assim como o Pantanal, a Amazônia também sofreu perdas significativas de água em 2024. A região, que ocupa mais da metade do território de Mato Grosso, registrou uma queda de 3,6% na extensão de água. Além disso, de junho a dezembro, o bioma apresentou sete meses consecutivos abaixo da média histórica. Quase dois terços de suas sub-bacias hidrográficas tiveram perda de água, agravando a crise hídrica e aumentando a vulnerabilidade dos ecossistemas.
A seca extrema e a diminuição das áreas alagadas colocam em risco não apenas a biodiversidade, mas também as populações que dependem da água para sua subsistência. Portanto, o avanço das mudanças climáticas reforça a necessidade de políticas públicas eficazes para preservação desses biomas fundamentais.
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